Regina Quintanilha, aqui enquanto aluna do 4º ano de Direito
Regina da Glória Pinto de Magalhães Quintanilha (1883-1967), natural de Bragança, foi a primeira estudante a matricular-se no curso de Direito, tendo concluído a formatura em 1913, com 16 valores.
Foi a
primeira advogada da Península Ibérica (Tribunal da Boa Hora), a
primeira notária e a primeira conservadora do registo Predial.
Foi notária em Albergaria-a-Velha, conservadora em Mação e notária e conservadora do Registo Predial de Lisboa.
fonte
14 de Novembro de 1913. O fotógrafo Vasques fixa para a
posteridade o momento em que a primeira mulher a concluir o curso de direito em
Portugal, Regina Quintanilha, se estreia no Tribunal da
Boa-Hora (ignoro em que qualidade, porque as mulheres só passaram a poder
exercer a advocacia no nosso país a partir de 1918). Alguns dias depois, a
fotografia histórica (de que eu aproveitei um pormenor) faria a capa da edição de
24 de Novembro da revista Ilustração Portuguesa.
Filha da escritora Josefa Quintanilha, Regina nascera, em Bragança, em 1893 - tinha, portanto, apenas, 20 anos de idade, quando debutou no Tribunal da Boa-Hora. Mas só o simples facto de uma mulher ter conseguido, finalmente, penetrar um universo profissional que, até então, parecia destinado a monopólio dos homens - já é suficientemente admirável...
Deve notar-se que só em 1890 as raparigas tinham sido autorizadas a frequentar os liceus públicos e só em 1906 viria a ser criado o primeiro liceu feminino. Regina estudou em Bragança (incluindo, imagine-se, música!) até aos 16 anos e apenas rumou ao Porto, em 1909, para completar o secundário, ou seja, o sexto e sétimos anos do liceu. E um ano depois, já estava em condições de aceder à Universidade (que, por um triz, não lhe barrou a entrada)...
Ser mulher e ter nascido no interior mais remoto e esquecido de Portugal não impediram Regina de chegar à Universidade, de fazer em três anos o curso de direito e de continuar a aprender música (viria, ainda, a ser aluna de Viana da Mota).
Em 1913, terminada a licenciatura, Regina foi imediatamente convidada (com 20 anos!!!) para assumir as funções de reitora do Liceu Feminino, de Coimbra, que acabara de ser criado. Não aceitou: apesar de todas as dificuldades e entraves que ela sabia que a lei e os costumes lhe iriam colocar, Regina pretendia ser advogada e não abdicou da sua ambição profissional, que viria mais tarde a concretizar.
Talvez os genes, neste género de vocações, não tenham importância alguma, mas Regina da Glória Pinto de Magalhães Quintanilha de Sousa e Vasconcelos era descendente de um dos mais ilustres transmontanos de sempre: Fernão de Magalhães...
Filha da escritora Josefa Quintanilha, Regina nascera, em Bragança, em 1893 - tinha, portanto, apenas, 20 anos de idade, quando debutou no Tribunal da Boa-Hora. Mas só o simples facto de uma mulher ter conseguido, finalmente, penetrar um universo profissional que, até então, parecia destinado a monopólio dos homens - já é suficientemente admirável...
Deve notar-se que só em 1890 as raparigas tinham sido autorizadas a frequentar os liceus públicos e só em 1906 viria a ser criado o primeiro liceu feminino. Regina estudou em Bragança (incluindo, imagine-se, música!) até aos 16 anos e apenas rumou ao Porto, em 1909, para completar o secundário, ou seja, o sexto e sétimos anos do liceu. E um ano depois, já estava em condições de aceder à Universidade (que, por um triz, não lhe barrou a entrada)...
1913
O Sufrágio de Veloso Salgado.Museu da Cidade/ Câmara Municipal de Lisboa |
Ser mulher e ter nascido no interior mais remoto e esquecido de Portugal não impediram Regina de chegar à Universidade, de fazer em três anos o curso de direito e de continuar a aprender música (viria, ainda, a ser aluna de Viana da Mota).
Em 1913, terminada a licenciatura, Regina foi imediatamente convidada (com 20 anos!!!) para assumir as funções de reitora do Liceu Feminino, de Coimbra, que acabara de ser criado. Não aceitou: apesar de todas as dificuldades e entraves que ela sabia que a lei e os costumes lhe iriam colocar, Regina pretendia ser advogada e não abdicou da sua ambição profissional, que viria mais tarde a concretizar.
Talvez os genes, neste género de vocações, não tenham importância alguma, mas Regina da Glória Pinto de Magalhães Quintanilha de Sousa e Vasconcelos era descendente de um dos mais ilustres transmontanos de sempre: Fernão de Magalhães...
0 comentários:
Enviar um comentário