Revista "Plateia", n.º 1
O primeiro número da
Plateia está datado do dia 1 de Abril de 1951. Inicialmente
de publicação quinzenal, ao preço de 2$50, Plateia incluíu desde
o nº 1 a separata a cores com a fotogravura de um artista (Clark Gable no
nº 1; Esther Williams vestindo um duas-peças de praia no nº 2, etc.)
cuja valia tão bem comprovara a experiência d’O Mundo de Aventuras.
Apesar de ser lançada num meio editorial com diversos concorrentes, Plateia
parece ter sido um sucesso instantâneo a que talvez não tenha sido totalmente
alheia a publicação de fotografias de starlettes estrangeiras
em sugestivas poses e desnudadas até ao limite permitido na época a uma
publicação familiar. A partir do nº 2 foi utilizado um papel de maior gramagem,
que corrigiu o único verdadeiro defeito do número inicial da revista, e
as antigas Plateias, com capa e interiores ilustrados a preto e branco,
ainda hoje têm procura no mercado alfarrabista e ainda mantêm um discreto
encanto.
Mas a Plateia não foi apenas mais um título,
como tantos que viriam depois. Na verdade abriu perspectivas num campo
de grande mercado – a cinefilia – que em breve seriam exploradas pela
venda de fotografias de artistas e pelo lançamento de spin-offs
de grande circulação. Também permitiu a exploração de novas ideias
de uma maneira barata e pouco arriscada: ocasionalmente eram publicados
suplementos a determinados números da Plateia, com o mesmo aspecto
gráfico, o mesmo preço, e incorporando, até, a sua própria
separata. Alguns eram verdadeiros números únicos, como o que foi dedicado
à então recentemente falecida Rainha D. Amélia. Outros, como os dedicados
à selecção portuguesa de hóquei em patins ("Suplemento desportivo
ao nº 5 de Plateia"), ao toureiro Manuel dos Santos,
ou ao filme A Túnica, podem ser considerados experiências na publicação
de títulos mais genéricos nos campos respectivos.
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