Carolina Beatriz Ângelo (16.04.1878 - 03.10.1911) Nasceu na Guarda e licenciou-se em Medicina em 1902, dedicando-se à ginecologia. Aderiu, em 1906, ao Comité Português da Associação Feminina Francesa La Paix et le Désarmement par les Femmes, vindo mais tarde a tornar-se dirigente da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Em 1907, foi iniciada na Loja maçónica Humanidade, da qual viria a ser Venerável.
A 28 de Maio de 1911, foi a primeira mulher portuguesa a votar nas eleições para a Assembleia Constituinte, falecendo poucos meses depois.
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Carolina
Beatriz Ângelo (16.ABR.1878 - 03.OUT.1911) Nasceu na Guarda e
licenciou-se em Medicina em 1902, dedicando-se à ginecologia. Aderiu, em
1906, ao Comité Português da Associação Feminina Francesa La Paix et le
Désarmement par les Femmes, vindo mais tarde a tornar-se dirigente da
Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Em 1907, foi iniciada na Loja
maçónica Humanidade, da qual viria a ser Venerável.
A 28 de Maio
de 1911, foi a primeira mulher portuguesa a votar nas eleições para a
Assembleia Constituinte, falecendo poucos meses depois.
data de entrada online: 2010-05-03
Feminina
Francesa La Paix et le Désarmement par les Femmes, vindo mais tarde a
tornar-se dirigente da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Em
1907, foi iniciada na Loja maçónica Humanidade, da qual viria a ser
Venerável.
A 28 de Maio de 1911, foi a primeira mulher portuguesa a
votar nas eleições para a Assembleia Constituinte, falecendo poucos
meses depois.
Feminina
Francesa La Paix et le Désarmement par les Femmes, vindo mais tarde a
tornar-se dirigente da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Em
1907, foi iniciada na Loja maçónica Humanidade, da qual viria a ser
Venerável.
A 28 de Maio de 1911, foi a primeira mulher portuguesa a
votar nas eleições para a Assembleia Constituinte, falecendo poucos
meses depois.
A situação das mulheres no século XX em Portugal (1)
Por Irene Pimentel (excerto)
LEIA AQUI A VERSÃO INTEGRAL DO TEXTO
No século XX, atravessado por quatro regimes políticos diferentes – o final da monarquia, a I República, o Estado Novo e a democracia -, a situação das mulheres em Portugal mudou radicalmente.
No princípio do século XX, a situação da mulher no seio da família era regulada pelo Código Civil napoleónico de 1867 – Código de «Seabra» -, que obrigava a mulher casada a residir no domicílio do marido; a prestar-lhe obediência e não a autorizava, sem o consentimento dele, a administrar, adquirir, alienar bens, publicar escritos e apresentar-se em juízo.
Em vigor até 1967, esse Código tinha várias outras cláusulas que se diferenciavam consoante se referissem ao homem ou à mulher: por exemplo, o homem podia solicitar o divórcio sempre que a mulher praticasse adultério, enquanto que esta só o podia fazer se o adultério tivesse sido praticado «com escândalo público».
O regime republicano atenuou desde logo alguns dessas normas que subjugavam as mulheres casadas aos maridos e aboliu certas diferenciações jurídicas consoante o sexo.
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1911-11-27
Raquel Roque Gameiro
Capa da Ilustração Portuguesa, n.º 301, de 27 de Novembro de 1911.
Colecção particular |
As leis do Divórcio e da Família de 1910 estabeleceram a igualdade entre os cônjuges quanto às causas da separação e na sociedade conjugal. Entre outras coisas, a lei do Divórcio eliminou um artigo do Código Penal de 1886, segundo o qual a esposa adúltera era punida com prisão maior celular de dois a oito anos, enquanto o homem casado adúltero era condenado a uma simples multa que podia ir de três meses a três anos do seu rendimento.
O que nunca foi conseguido durante a I República foi o sufrágio feminino.
Lembre-se que o regime republicano concedeu, em 1911, o direito de voto aos portugueses com mais de vinte e um anos que soubessem ler e escrever e aos chefes de família, sem especificar o sexo dos eleitores. Esse argumento foi utilizado por Carolina Beatriz Ângelo, que era viúva e chefe de família, para votar, mas, a partir de 1913, o regime republicano especificou que só os «chefes de família do sexo masculino» podiam eleger e ser eleitos.
PORTUGAL E O MUNDO EM 1911